segunda-feira, 20 de julho de 2009

E esta hein?

Parece que a Ordem dos Enfermeiros resolveu acordar do seu sono letárgico e reagiu sobre a atitude,comportamentos e posições assumidas e outras muitas vezes não tomadas pelos Srs Professores das Escolas de Enfermagem sobre o MDP.Na realidade uma grande maioria dos docentes das Escolas de Enfermagem deste país, continuam a olhar para o seu umbigo, pouco se importando com o evoluir da profissão no reconhecimento e valorização da profissão.Desde que usam o epíteto de Prof. que se esqueçeram que também já foram Enfermeiros, já lidaram com doentes e não com bonecos. Já prestaram cuidados de enfermagem baseados na teoria e agora pura e simplesmente só sabem investigar,dissertar e ficamos por aí.
Realmente apercebo-me ao longo dos anos que todos os trabalhos de investigação feitos pelos nossos docentes, não são no sentido de melhorar as práticas de ENFERMAGEM, divulgar novas abordagens sustentadas em estudos credíveis.O interesse é só um - o seu curriculo.É verdade para mim a articulação´que deveria existir entre escolas e profissionais, não existe!
Por estas e por outras é que não conseguimos evoluir.Enquanto os Sr Professores continuarem a julgar-se superiores em relação aos Enfermeiros e acharem que os seus estudos servem somente para a conclusão de uma pósgraduação, mestrado ou doutoramento nunca cresceremos enquanto profissão.
Deixo-vos a notícia publicada retirada do blog cogitare sobre a polémica envolvendo a nossa Ordem e as Escolas.Leiam-na e tirem as vossas conclusões porque eu já tirei as minhas.Cumprimentos.


Quem fala assim não merece censura e a nossa bastonária da Ordem dos Enfermeiros acusa as instituições de ensino de enfermagem de “inadmissível intromissão” no processo de discussão do modelo de acesso à profissão, que deverá ser votado no Parlamento na próxima semana.
“É um abuso, quando há pressões e ruído naquilo que deveria ser a decisão dos deputados para se garantir que a alteração aos estatutos da Ordem permita criar os instrumentos necessários para melhorar a segurança dos cuidados de saúde. Apelamos aos deputados para que não se deixem influenciar por situações descabidas“.

Em causa estão as críticas feitas na semana passada pelas EScolas de enfermagem e do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) à alteração do estatuto [da OE] que abrange o “modelo de desenvolvimento profissional”, que regula o acesso ao exercício da profissão.

A Ordem, que atribui os títulos profissionais, quer que, uma vez finalizado o curso, o aluno seja sujeito a um período de exercício profissional tutelado, antes de aceder à profissão, o que as escolas qualificam de “estágio suplementar” que vem duplicar aquele que já está previsto.
“Uma coisa é dominar um curso, de onde se trazem os conhecimentos, outra é a experiência e aprendizagem em contexto de trabalho. Os alunos não tomam decisões profissionais porque nem sequer podem responder por elas”, contraria a bastonária, que acusa as instituições de ensino de “inadmissível intromissão directa” num assunto de regulação profissional.

“É garantir que jovens profissionais que terminam a sua formação académica se inscrevam na Ordem e possam ter um tempo de prática profissional devidamente acompanhada”, sublinha.

A alteração está em apreciação em comissão e deverá ser votada dia 23 de Julho, pouco antes da Assembleia “ir de férias”.

A bastonária afirma mesmo que pode haver “interesses corporativos e particulares das instituições de ensino subjacentes” às críticas.

Caso a aprovação não aconteça, a Ordem garante que irá “responsabilizar junto da opinião pública” os responsáveis. (Fonte : Expresso )

Acrescento que não será só a Ordem a responsabilizar esta leviandade por parte de algumas Escolas de Enfermagem , mas sim todos os Enfermeiros que consideram que este tipo de exercicio tutelado é a única forma de regular o acesso e qualidade à Profissão.

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